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Sextou: dicas culturais 2N

Sextou: dicas culturais 2N

Data de Publicação: 12 de maio de 2023 22:21:00
Por Redação
CANAL 2N

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Sexta-feira, 12 de maio. 135 anos da Lei Áurea! Nossa abolição tardia e incompleta!

Incompleta, tarda e falha, nossa abolição lançou à marginalização sociopolítica e econômica uma massa de homens e mulheres afrodescendentes: aos libertos e libertas, restou a “favela, a nova senzala”! Os grilhões da escravidão foram substituídos pelas correntes da miséria.

Mas, o povo negro resistiu! E mesmo tendo “a crueldade em sua frente, produziu milagres de fé, de arte, de resistência, de luta no extremo ocidente”, disse um antigo compositor baiano.

Embora entendendo que ainda falte a terra e a educação para que de fato se acabe com a escravidão do povo negro brasileiro e que nossa abolição esteja incompleta, o Canal 2N reconhece na luta desse povo a causa maior para o fim de 300 anos de escravidão.

Por isso, nosso Sextou: dicas culturais 2N deste fim de semana se levanta em homenagem ao povo negro brasileiro!

Filme 1: Doutor Gama (Jeferson De. Brasil: GloboFilmes, 2021)

“[...]. Há diversos motivos para se alegrar diante de Doutor Gama (assista aqui). Em tempos de disputa de narrativas, quando a extrema-direita multiplica notícias falsas para diminuir o peso da escravidão e da ditadura militar na configuração da sociedade brasileira, a complexa história de Luiz Gama possui valor simbólico. Afinal, o homem negro nasceu de mãe livre, sendo vendido como escravo pelo pai. Mais tarde, superou inúmeras barreiras raciais para se formar em direito e se tornar uma figura central da luta abolicionista. Enquanto veículo de comunicação, o filme ajuda a preencher a lacuna a respeito do papel de intelectuais negros na formação da identidade nacional. [...]. Para completar, o longa-metragem se dirige a um público amplo, procurando dialogar com as classes populares que provavelmente nunca ouviram falar do protagonista nas escolas e na mídia. [...]. O diretor e os produtores compram o desafio de oferecer a História brasileira ao público médio – algo que raríssimas obras [...]."

(Trechos da crítica de Bruno Carmelo publicada pelo Papo de Cinema – Leia íntegra aqui)

Filme 2: Quilombo (Cacá Diegues. Brasil: CDK, 1984)

“[...]. Filmado em 1984, Quilombo (assista aqui) retrata como era a vida no Quilombo de Palmares numa época cercada de dificuldades devido ao enfrentamento da opressão portuguesa. [...]. Historicamente se sabe que o Quilombo dos Palmares existiu entre 1630 a 1895 na serra da barriga, no atual Estado de Alagoas, e possuiu milhares de africanos e negros nascidos do Brasil que haviam sido escravizados em diversas fazendas. Os palmarinos souberam tirar proveito da luta dos portugueses e holandeses, entre 1621 e 1654, pelo controle de terras brasileiras e aumentaram em muito sua organização criando uma sociedade à parte. [...]. O filme tem a preocupação de mostrar os três últimos "governos" de Palmares: Acotirene, Ganga Zumba e Zumbi. O elenco atua de forma magnífica, pois consegue passar muita seriedade ao expor esse lado da história do Brasil. [É] uma obra essencial para a filmoteca dos militantes e entidades. [...].”

(Trechos da crítica de Paulo Carrano publicada pela EMD – Leia íntegra aqui)

Filme 3: Xica da Silva (Cacá Diegues. Brasil, GloboFilmes, 1976)

“[...]. Um dos maiores sucessos do cinema nacional, Xica da Silva (assista aqui) é baseado na vida de uma escrava negra que, no século XVIII, se tornou “rainha” do Arraial do Tijuco, atual Diamantina (MG), ao conquistar o representante da Coroa Portuguesa, o fidalgo João Fernandes. O contratador de diamantes se apaixonou por Xica, dando-lhe a alforria e casando-se com a ex-escrava. [...]. Além do relacionamento [...], o filme abordou o abuso de poder e a exploração colonial, mas sempre em uma atmosfera carnavalesca. A cena mais emblemática é a que Xica desfila até a igreja da cidade com sua carta de alforria na mão, sorridente e confiante, rodeada por mucamas a festejar o acontecimento. A ex-escrava usa peruca loura, um rico vestido e joias para mostrar o quanto era poderosa. A cena mais emblemática é a que Xica desfila até a igreja da cidade com sua carta de alforria na mão, sorridente e confiante, rodeada por mucamas a festejar o acontecimento. [...].”

(Trechos da resenha de Adriana Lima publicada em O Globo – Leia íntegra aqui)

(Editoração de Leônidas Mendes Filho - Canal 2N)

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