Nesta segunda-feira (7), o Ministério da Educação (MEC) anunciou sua nova proposta para o “novo” Ensino Médio, que prevê aumento da carga horária para a formação básica dos estudantes para 2,4 mil horas, com 80% da carga horária curricular dedicada a um conjunto de disciplinas comum do currículo – atualmente, corresponde a 60%.

De acordo com a “nova” proposta, as áreas de conhecimento comum a serem cursadas por todos os estudantes serão: inglês e espanhol (alternativamente), arte, educação física, literatura, história, sociologia, filosofia, geografia, química, física, biologia e educação digital. (Na projeto atual, as disciplinas obrigatórias são apenas português, matemática, educação física, arte e filosofia.)

Além das disciplinas de currículo comum, os estudantes terão apenas duas, ao invés das quatro atuais, opções de percursos de aprofundamento: linguagens, matemática e ciências da natureza; e linguagens, matemática e ciências humanas e sociais; e formação técnica e profissional.

Pela “nova” proposta, o Enem de 2023 e 2024 manteria seu formado ligado à formação geral básica. Para os anos seguintes, seu formato seria debatido com a sociedade dentro do contexto do novo Plano Nacional de Educação (PNE).

De acordo com o MEC, até o dia 21 de agosto, a proposta do MEC será submetida às sugestões do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e demais entidades de educação, além das comissões de educação da Câmara e do Senado. Depois, a proposta definitiva será enviada ao Congresso.

O MEC levará a proposta definitiva para a avalição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Caberá a Lula definir qual melhor formato de encaminhamento das mudanças. Não há definição sobre quais pontos irão tramitar via projeto de lei e quais serão implementados via portaria ou decreto.

(Com informações de O Globo)