Sexo: estudo compara orgasmos por gênero e idade
Data de Publicação: 12 de agosto de 2024 19:26:00
Por Bruno Bucis
METRÓPOLES
Um estudo americano descobriu que a diferença entre a quantidade de orgasmos por relação é influenciada pela idade, gênero e orientação sexual da pessoa. A pesquisa apontou disparidades quando o assunto é a satisfação na cama entre diversos grupos: homens e mulheres; pessoas heterossexuais e LGB (não houve diferenciação de pessoas trans); jovens, adultos e idosos.
Apelidado de “orgasm gap” (lacuna do orgasmo), o fenômeno mostrou que as mulheres atingem menos o clímax que os homens. Eles chegam lá em média 20% mais vezes do que elas quando comparados os mesmos grupos sociais e etários. Os dados foram publicados na revista Sexual Medicine em julho e são resultado do comparativo entre oito pesquisas que reuniram ao todo 24,7 mil americanos solteiros entre 18 e 100 anos.
Os participantes foram convidados a responder em uma escala de 0 a 100 qual a percentagem de vezes que atingiam o clímax nas relações sexuais. Os homens relatam atingir o orgasmo entre 70% e 85% das vezes, em comparação com apenas 46% a 58% para as mulheres, a depender do grupo. A taxa média de orgasmos a cada relação sexual na população geral foi de 65%.
Não-heteros tiveram mais orgasmos
Homens bissexuais, lésbicas e gays foram os grupos sociais que tiveram uma ampliação dos orgasmos em relação à idade: ou seja, quanto mais velhos, mais frequentemente conseguiram alcançar o ápice ao serem comparados com os mais jovens. Os heterossexuais tiveram menos orgasmos quando mais velhos, especialmente as mulheres.
A sexóloga e autora principal do estudo Amanda Gesselman, da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, acreditava que conforme se envelhece, a lacuna do orgasmo diminuía entre homens e mulheres, com ambos se aproximando de uma atividade sexual similar. Entretanto, a pesquisa revelou que as diferenças proporcionais permanecem com o passar dos anos.
A faixa etária que parece ter a melhor porcentagem de orgasmos é a dos adultos entre 35 e 49 anos. Ao envelhecer, porém, homens gays foram os que tiveram as maiores reduções de índice, provavelmente vítimas de etarismo, indica a pesquisa. Os pesquisadores alertam que há uma limitação nos estudos analisados: eles dão muita ênfase à penetração e ignoram fenômenos como a masturbação mútua.
(Com adaptações editoriais. Leia original no Metrópoles – aqui)