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Covid: Brasil passa por onda de alta que deve durar 6 semanas

Covid: Brasil passa por onda de alta que deve durar 6 semanas

Data de Publicação: 31 de agosto de 2023 08:22:00
Por Roberto Peixoto e Júlia Putini
G1

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A taxa de testes positivos para Covid 19 aumentou no Brasil nas primeiras semanas de agosto, segundo dois relatórios independentes divulgados na quarta-feira (30). A alta em ambos os levantamentos é da ordem de 7 pontos percentuais, que representou o dobro de pessoas que testaram positivo para o vírus Sars-Cov-2.

O aumento ocorre diante de um cenário distinto do já verificado em momentos anteriores da pandemia:

Variante: OMS monitora o aumento da circulação da Éris, uma subvariante da Ômicron, que é um dos fatores apontados por especialistas para o aumento dos casos;

Gravidade: Apesar de mais transmissível, a Éris não está associada a casos mais graves ou mortes; para a OMS, ela é uma "variante de interesse", grau inferior ao das "variantes de preocupação".

Vacinação: Brasil enfrenta a sazonalidade dos casos com maioria da população já tendo tomado as doses básicas da vacina, mas o reforço da vacina bivalente só foi aplicado em 15% do público-alvo.

Grupos vulneráveis: pessoas imunossuprimidas (com baixa imunidade, seja por doenças ou por transplante) devem redobrar o cuidado com aglomerações e sempre manter o uso de máscaras.

Duração da onda: na avaliação de Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, a atual onda da Covid deve durar entre 4 a 6 semanas.

Levantamento dos testes positivos

O aumento dos casos foi reportado por duas entidades. Um dos levantamentos é da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), que representa laboratórios e clínicas privadas: de 6,3% (29 de julho a 4 de agosto) para 13,8% (em 12 a 18 de agosto)

"Possivelmente, sim, existe relação com a nova variante que demonstrou ser muito transmissível, embora, ela não traga quadros muito graves das pessoas que são infectadas", afirma Wilson Shcolnik, presidente do Conselho de Administração (Abramed).

Outra fonte é o Instituto Todos pela Saúde (ITpS), que analisa dados dos laboratórios Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Hilab, HLAGyn e Sabin: de 7% para 15,3% entre as semanas encerradas em 22 de julho e 19 de agosto

Segundo o ITpS, os percentuais mais elevados são observados nas faixas etárias de 49 a 59 anos (21,4%) e acima de 80 anos (20,9%). Conforme mostra o infográfico abaixo, a atual taxa de 15,3% é inferior ao que foi visto até mesmo em dezembro do ano passado, quando os números chegaram a 38%.

(Com adaptações editoriais. Leia íntegra do G1 - aqui)

 

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