O Fórum Econômico Mundial 2024 de Davos (Suíça) apresentou, nesta quarta-feira (17), um painel da Organização Mundial da Saúde (OMS) para discussão da “doença X”, que, segundo os cientistas, pode provocar 20 vezes mais mortes do que a pandemia de coronavírus.

“Que novos esforços são necessários para preparar os sistemas de saúde para os múltiplos desafios pela frente?” é a principal questão para o debate, que contará com a presença de Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS; Nísia Trindade Lima, ministra da Saúde do Brasil; e Michel Demaré, presidente do conselho da AstraZeneca.

O que é essa “doença X”

O termo foi criado pela própria OMS na tentativa de preparar o mundo para uma nova doença epidemiológica, como foi a Covid, que pode ser causada por um patógeno atualmente desconhecido. Ou seja, ela é uma doença, a próxima que vai aparecer, porém não sabemos qual é, mas, sim, que ela existe e que a população deve estar preparada para isso.

O objetivo da OMS é criar uma forma de levar os cientistas a trabalharem em pesquisas medidas médicas para evitar o aparecimento de ameaças infecciosas desconhecidas, desenvolvendo novas tecnologias como vacinas e medicamentos.

Em 2017, a OMS adicionou a “doença X” a uma pequena lista de agentes patogênicos considerados de alta prioridade para pesquisa, juntamente com assassinos conhecidos, como a síndrome respiratória aguda grave (SARS) e o ebola. A covid-19, por exemplo, era uma doença X, até desencadear a pandemia no final de 2019.

Lista de ameaças epidemiológicas

A lista atual inclui: covid-19, febre hemorrágica da Crimeia-Congo, doença pelo vírus ebola e doença pelo vírus Marburg, febre de Lassa, síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) e SARS, vírus Nipah e doenças henipavirais, febre do Vale do Rift, zika e Doença X.

Quatro anos depois da publicação da lista, em novembro de 2022, a OMS anunciava a criação de um grupo de mais de 300 cientistas para identificar agentes patogénicos que poderiam provocar futuros surtos e pandemias e que pretendia olhar nomeadamente para a “Doença X”.

(Com informações da Folha de Pernambuco - aqui)